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Parashá BALAK - Prédica de José London |
Fazemos esta semana a leitura de Parashat Balak
O povo está acampado às margens do Rio Jordão. Balak, protagonista de nossa Parasha, Rei dos moabitas, assustado
com as noticias de um numeroso povo que conseguiu se libertar do Egito
e avança pelo deserto convida Biliam , um mago e profeta pagão,
mas muito respeitado por seus encontros com o criador, para amaldiçoar
o povo de Israel e assim deter seu avanço. Não estamos aqui somente diante do eterno dilema entre benção
e maldição. Estamos diante dessa figura tão atual que é Balak, esses
homens que contratam profetas para realizar seus projetos pessoais. Esses profetas tal qual o de nossa parasha são como o próprio
nome diz: Bli Am, ou seja, sujeitos sem povo, sem historia e sem raízes. Biliam conhecendo os poderes de D'us e só por teme-lo, segue
sua instrução e em vez de amaldiçoar o povo de Israel
em troca das honras e recompensas oferecidas por Balak, acaba por abençoa-los. Mas essas bênçãos não vinham de seu coração. Talvez por isso Balak, sabendo da ineficácia das bênçãos
de Biliam prefere que ele amaldiçoe os Israelitas ao invés
de abençoar seu próprio povo. Abençoar a vida somente por temor ao criador não faz
parte com certeza Nessas condições, a verdadeira intenção
dos que agem dessa maneira sempre acaba aparecendo, e não foi diferente
com Biliam. No final dessa parasha, mesmo depois de ter abençoado por três
vezes o povo de Israel, Biliam deixa uma dica de como corromper e enfraquecer
essa gente. Precisamos prestar atenção nos Balak que surgem em nossos
caminhos, tentando o tempo todo nos desviar dos verdadeiros ensinamentos
da Torah , sob a alegação de que basta ser temente à
D'us, e criando assim uma falsa impressão de que com isso fomos
abençoados. Aceitar isso é menosprezar a condição de parceiros
do Criador e não enxergar que num pacto verdadeiro a relação
tem que ser de muito, muito respeito, mas nunca de medo. |